BOLSONARO RECORRE AO STF PARA TENTAR COMPARECER À POSSE DE TRUMP NOS EUA

O ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou que sua defesa protocolou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para a devolução de seu passaporte. Bolsonaro pretende viajar aos Estados Unidos para participar da cerimônia de posse do presidente eleito Donald Trump.

Desde o ano passado, o passaporte de Bolsonaro está retido por decisão de Moraes, no âmbito das investigações relacionadas à tentativa de golpe e aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A medida integra o inquérito que apura responsabilidades nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Em suas redes sociais, Bolsonaro afirmou ter recebido um convite para o evento de posse de Trump, cuja data ainda não foi oficializada. A publicação foi acompanhada de um vídeo de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que falava sobre a suposta perseguição a envolvidos nos atos golpistas.

Repercussão do pedido

A solicitação de Bolsonaro ao STF levantou debates sobre o cumprimento de medidas judiciais e a possibilidade de flexibilização para fins diplomáticos. Especialistas avaliam que a decisão de Moraes deverá considerar não apenas o motivo alegado, mas também a necessidade de preservação do processo e o risco de fuga.

“É uma questão delicada. Embora o convite para a posse de um líder estrangeiro seja simbólico, o foco aqui é garantir a continuidade das investigações sem comprometer a ordem jurídica”, explicou um jurista ouvido pela reportagem.

Bolsonaro mantém proximidade com Donald Trump desde seus respectivos mandatos. O alinhamento entre os dois foi destaque na política internacional e marcou o período de Bolsonaro à frente do Palácio do Planalto.

Próximos passos

O pedido agora está nas mãos de Alexandre de Moraes, que decidirá se autoriza a devolução temporária do documento. Enquanto isso, Bolsonaro segue sendo investigado por sua suposta participação na incitação e planejamento dos atos golpistas.

A posse de Trump, caso confirmada, será mais um evento marcado pela polarização política que atravessa os Estados Unidos e reverbera em aliados internacionais, como Bolsonaro.

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