SINDICATO DIZ QUE EMPRESAS NÃO TÊM DINHEIRO PARA PAGAR VALE-ALIMENTAÇÃO E
_Fonte Diário de Santa Maria_
As empresas do transporte coletivo urbano de Santa Maria podem paralisar as atividades nesta terça-feira (23), caso a prefeitura não efetue o repasse necessário para o pagamento do vale-alimentação dos funcionários. O alerta é do Sindicato dos Trabalhadores e Condutores de Veículos Rodoviários (Sitracover), que aponta a falta de recursos em caixa das empresas, em razão ao não pagamento integral dos subsídios devidos pelo município.
Segundo o sindicato, o valor pendente referente ao vale-alimentação da categoria seria de R$ 330 mil. Com isso, as empresas aguardam os recursos provenientes do subsídio, que é a diferença entre o que é cobrado na catraca e o que é praticado pelas empresas, calculado em R$7,65.
Ainda não há definição sobre o formato da greve, se haverá retenção total da frota nas garagens ou se ocorrerão bloqueios pontuais, como os registrados em junho, quando trabalhadores interromperam o trânsito na Avenida Rio Branco.
A ameaça de greve ocorre em meio crise previdenciária municipal o que provocou o atraso dos repasses para o Sistema Integrado Municipal (Sim) pela prefeitura. A Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) estima que o valor dos subsídios atrasados chegue a R$ 15 milhões sem calcular os encargos que se calculados, poderiam chegar aos R$ 20 milhões. O Executivo afirma que ainda não fechou o cálculo do montante devido e pede cautela quando aos números fornecidos pela ATU.
Na última sexta-feira (19), a prefeitura realizou um pagamento de R$ 1,5 milhão. Conforme o diretor da ATU, Edmilson Gabardo, o recurso foi utilizado para quitar o 13º salário da maior parte dos trabalhadores, mas foi insuficiente para cobrir as demais obrigações. O montante representa um percentual de 10% do total devido.
Sem a complementação dos repasses, as empresas alegam não ter fluxo de caixa para honrar o vale-alimentação e o pagamento do salário do final do mês.
O Diário questionou a prefeitura de Santa Maria e não obteve um retorno até a publicação desta reportagem.
Sobre a greve, a Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) disse que a decisão cabe ao Sitracover e pediu paciência para o sindicato e funcionários frente a crise em que o município vive.