CIDADE NO RS TEME PERDER 5 MIL EMPREGOS COM FECHAMENTO DE USINA

A cidade de Candiota, no Rio Grande do Sul, enfrenta a ameaça de perder 5 mil empregos com o possível fechamento da Usina Termelétrica Candiota III. A usina, que está com atividades paralisadas desde o dia 1º de janeiro, representa a principal fonte de trabalho e renda para os cerca de 11 mil moradores do município.
O impasse começou com o término dos contratos de geração e fornecimento de energia entre a empresa administradora da usina e o governo federal. Desde então, trabalhadores vivem dias de incerteza, temendo o impacto social e econômico caso a situação não seja resolvida.
“Se a usina fechar, é ficar desempregado e ter que sair da região. Não temos outras opções de trabalho aqui”, desabafa um dos trabalhadores que participa das manifestações em frente à usina nos últimos dias.
REUNIÃO DECISIVA EM BRASÍLIA
Na tentativa de evitar o fechamento definitivo, o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (MDB), e representantes da usina têm uma reunião agendada para esta sexta-feira (17) com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
“Acredito na sensibilidade das autoridades federais. Amanhã teremos essa audiência e contamos com a aprovação de uma nova medida provisória para prorrogar o contrato. Sem isso, os prejuízos serão imensos”, afirmou o prefeito.
A prefeitura busca uma solução que evite as demissões em massa e minimize os impactos econômicos na região, que é altamente dependente da operação da termelétrica.
IMPACTOS NA COMUNIDADE
Além da preocupação com os empregos diretos, o possível fechamento da usina afetaria o comércio local e os serviços, que dependem da renda dos trabalhadores para sobreviver. Segundo o sindicato da categoria, cerca de 60% da força de trabalho do município está vinculada direta ou indiretamente à usina.
A comunidade local e os trabalhadores esperam que a reunião em Brasília traga uma solução positiva e aguardam ansiosamente pelo resultado das negociações. O g1 procurou o governo federal, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
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