O ORGULHO: UM MOSTRO SEM REGRAS
O orgulho, esse sentimento que incha o ego e cega a razão, é um dos mais perigosos da alma humana. Ao contrário de outras paixões que podem ser controladas pela razão ou pela moral, o orgulho parece ser um monstro sem lei, que devora a humildade e a empatia, deixando em seu rastro destruição e isolamento.
A história da humanidade está repleta de exemplos trágicos da força cega do orgulho. Reis e rainhas, líderes religiosos e políticos, todos sucumbiram a essa tentação, levando nações inteiras à ruína. A soberba, que é a face mais visível do orgulho, leva as pessoas a superestimar suas próprias capacidades e a menosprezar os outros, criando um abismo intransponível entre elas.
Mas o orgulho não se manifesta apenas em grandes feitos históricos. Ele está presente em nossas vidas cotidianas, nas pequenas interações que temos com as pessoas ao nosso redor. Aquele colega de trabalho que se recusa a admitir um erro, o amigo que se vangloria de suas conquistas, o familiar que se isola por se achar superior aos demais, todos eles são exemplos do poder corrosivo do orgulho.
A luta contra o orgulho é um desafio constante para todos nós. É preciso ter a humildade de reconhecer nossas próprias limitações e a coragem de admitir nossos erros. É preciso cultivar a empatia, colocando-se no lugar do outro e tentando entender suas perspectivas. É preciso, acima de tudo, cultivar a virtude da humildade, que nos permite reconhecer a grandeza de Deus e a pequenez do homem.
Em um mundo cada vez mais individualista e competitivo, a humildade pode parecer uma virtude antiquada. No entanto, ela é a única capaz de construir relacionamentos verdadeiros e duradouros, de promover a paz e a harmonia entre os seres humanos. Ao combater o orgulho em nós mesmos, contribuímos para um mundo mais justo e solidário.
O orgulho é um veneno que corrompe a alma e destrói a sociedade. Ao reconhecer a força desse sentimento e a necessidade de combatê-lo, podemos construir um mundo melhor para todos.
Marlon Santos